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Por: Humberto Júnior

Essa questão da língua e dos preconceitos linguísticos são uma antiga bandeira minha, desde que li justamente o “Emília No País da Gramática” e alguns textos do Lobato falando sobre o tema. E pra mim isso foi muito importante porque me ensinou a respeitar profundamente o modo particular de falar do Nordeste em especial do meu estado Sergipe, tanto que hoje em dia até faço propaganda desse modo de falar. Você lembrou muito bem, Sam, do preconceito que muitas vezes algumas pessoas do Sudeste tem com o jeito de falar do Norte e Nordeste. Quem não conhece a região Nordeste por exemplo costuma achar que falamos todos do mesmo jeito e que esse jeito é aquele mostrado nas novelas globais. Sergipanos, pernambucanos, paraibanos, baianos, maranhenses, piauienses, cearenses e potiguares falam de maneiras muito diversas entre si, não raro surpreendendo até mesmo a nós nordestinos. Nas minhas viagens enquanto cursava geografia tive o prazer de conhecer nordestinos de todos esses estados e de me encantar com as peculiaridades e sonoridades de cada um. É uma riqueza de termos e maneiras de se falar que encanta e ensina.
É muito bom saber que existe um livro que trate desses preconceitos linguísticos de maneira tão lúcida e enfática. Já tá na minha listinha de metas de leitura para esse ano.


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